Ora, entre os
fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus — que
veio à noite ter com Jesus e lhe disse: “Mestre, sabemos que vieste da
parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém
poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.”
Jesus lhe respondeu: “Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o
reino de Deus se não nascer de novo.” Disse-lhe Nicodemos: “Como pode
nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe,
para nascer segunda vez?” Retorquiu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade,
digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar
no reino de Deus. — O que é nascido da carne e o que é nascido do
Espírito é Espírito. — Não te admires de que eu te haja dito ser preciso
que nasças de novo. — O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas
não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo
homem que é nascido do Espírito.” Respondeu-lhe Nicodemos: “Como pode
isso fazer-se?” — Jesus lhe observou: “Pois quê! és mestre em Israel e
ignoras estas coisas? Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos
senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos
visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. — Mas, se não me
credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos
fale das coisas do céu?” (S. JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.)
A idéia de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (n.º 1, n.º 2, n.º 3). Se fosse errônea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras. Longe disso, ele a sanciona com toda a sua autoridade e a põe por princípio e como condição necessária, quando diz: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” E insiste, acrescentando: Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo.
A idéia de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (n.º 1, n.º 2, n.º 3). Se fosse errônea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras. Longe disso, ele a sanciona com toda a sua autoridade e a põe por princípio e como condição necessária, quando diz: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” E insiste, acrescentando: Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 5 e 6.)
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