Jesus gostava
da simplicidade dos símbolos e, na sua linguagem máscula, os obreiros
que chegaram na primeira hora são os profetas, Moisés e todos os
iniciadores que marcaram as etapas do progresso, as quais continuaram a
ser assinaladas através dos séculos pelos apóstolos, pelos mártires,
pelos Pais da Igreja, pelos sábios, pelos filósofos e, finalmente, pelos
espíritas. Estes, que por último vieram, foram anunciados e preditos
desde a aurora do advento do Messias e receberão a mesma recompensa. Que
digo? recompensa maior. Últimos chegados, eles aproveitam dos labores
intelectuais dos seus predecessores, porque o homem tem de herdar do
homem e porque coletivos são os trabalhos humanos: Deus abençoa a
solidariedade. Aliás, muitos dentre aqueles revivem hoje, ou reviverão
amanhã, para terminarem a obra que começaram outrora. Mais de um
patriarca, mais de um profeta, mais de um discípulo do Cristo, mais de
um propagador da fé cristã se encontram no meio deles, porém, mais
esclarecidos, mais adiantados, trabalhando, não já na base e sim na
cumeeira do edifício. Receberão, pois, salário proporcionado ao valor da
obra.
O belo dogma da reencarnação eterniza e precisa a filiação espiritual. Chamado a prestar contas do seu mandato terreno, o Espírito se apercebe da continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada. Ele vê, sente que apanhou, de passagem, o pensamento dos que o precederam. Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para avançar mais. E todos, trabalhadores da primeira e da última hora, com os olhos bem abertos sobre a profunda justiça de Deus, não mais murmuram: adoram.
Tal um dos verdadeiros sentidos desta parábola, que encerra, como todas as de que Jesus se utilizou falando ao povo, o gérmen do futuro e também, sob todas as formas, sob todas as imagens, a revelação da magnífica unidade que harmoniza todas as coisas no Universo, da solidariedade que liga todos os seres presentes ao passado e ao futuro. — Henri Heine. (Paris, 1863.)
O belo dogma da reencarnação eterniza e precisa a filiação espiritual. Chamado a prestar contas do seu mandato terreno, o Espírito se apercebe da continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada. Ele vê, sente que apanhou, de passagem, o pensamento dos que o precederam. Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para avançar mais. E todos, trabalhadores da primeira e da última hora, com os olhos bem abertos sobre a profunda justiça de Deus, não mais murmuram: adoram.
Tal um dos verdadeiros sentidos desta parábola, que encerra, como todas as de que Jesus se utilizou falando ao povo, o gérmen do futuro e também, sob todas as formas, sob todas as imagens, a revelação da magnífica unidade que harmoniza todas as coisas no Universo, da solidariedade que liga todos os seres presentes ao passado e ao futuro. — Henri Heine. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 3.)
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